Rainha e mãe do
primeiro imperador cristão, Constantino Magno ou Constantino, o Grande.
É invocada contra o
trovão e o fogo.
É a padroeira dos
pintores e fabricantes de agulhas.
A sua festa
celebra-se no dia 18 de Agosto.
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Invenção da Santa Cruz |
Flavia Júlia Helena, mais tarde Santa Helena, nasceu na Bitínia (uma
parte da actual Turquia asiática), no seio de uma família modesta, por volta do
ano 249. Com pouco mais de 20 anos de idade, casou-se com o centurião romano
Constâncio Cloro de quem teve um filho, Constantino.
Constâncio foi feito César em 293 e divorciou-se de Helena, casando com
Teodora, filha do imperador Maximiliano.
Com a morte do pai, Constantino foi proclamado imperador (312) e nomeou
a mãe Augusta ou Imperatriz.
Quando Constantino iniciou uma guerra civil contra Maxêncio (ou
Magêncio) na disputa do trono romano, ele e sua mãe ainda eram pagãos, embora
não apoiasse à perseguição aos cristãos.
As forças do adversário eram maiores, mas Constantino teve uma visão em
que apareceu no céu uma cruz luminosa com a inscrição “Com este sinal
vencerás”. Mandou pintar bandeiras com o sinal e venceu a batalha. Convertidos
ao Cristianismo, foi decretada a suspensão imediata de qualquer perseguição aos
cristãos, pelo famoso Édito de Milão (313).
Em 324, o imperador Constantino declarou o Cristianismo como a única
religião oficial do Império Romano.
Zelosa seguidora do Cristianismo, Helena, já septuagenária, decide
deixar Roma para fazer uma peregrinação à Terra Santa (325-326).
Durante a sua estada, fundou igrejas sobre alguns supostos lugares
relevantes da vida de Jesus. Supervisionou a construção de magníficas igrejas
em Jerusalém e Belém, inclusive as igrejas da Natividade e do Santo Sepulcro e
a Basílica da Ascensão de Jesus no Monte das Oliveiras.
Na Palestina, vivia num mosteiro e mandou construir outros para monges
e freiras. Mais tarde, foi ali consagrada numa basílica (335) da qual só restam
apenas ruínas.
Esta e outras construções grandiosas de sua ordem, fizeram da Terra
Santa um importante centro de peregrinações cristãs.
A actual igreja do Santo Sepulcro data do Século XII. Segundo a
tradição, foi Helena quem descobriu a gruta em que Jesus foi sepultado e lá
também teria descoberto a santa peça da crucificação, no dia 3 de Maio (326) e,
por isso se celebra neste dia a festa da Descoberta da Santa Cruz. Ela enviou
para Constantino pedaços da verdadeira Cruz e seus cravos, como amuleto para
sua protecção.
Constantino encerrou um fragmento da Cruz numa estátua de si mesmo e
serviu-se dos cravos para fazer um elmo. Outros fragmentos da Cruz foram
distribuídos para um grande número de igrejas. A história de Santa Helena
encontrando a cruz é objecto de um poema muito celebrado chamado Elene de
Cynelwulf.
Voltando a Roma, Helena foi morar nos aposentos da basílica da Santa
Cruz e ali morreu dois anos depois com a idade de 80 anos. Foi enterrada por
ordem do filho, o Imperador Constantino, num mausoléu ao lado da Basílica de
São Pedro e São Marcelino, na Via Labicana. O seus restos estão num sarcófago
no Museu do Vaticano. Há quem defenda que Helena morreu em Nicomédia (actual
Turquia) ou Trácia (território dividido hoje entre a Turquia, Grécia e Bulgária)
e depois foi levada para Roma.
Proclamada santa, tornou-se muito venerada no Ocidente.
A sua festa é comemorada em 18 de Agosto. Na Liturgia da Igreja, Santa
Helena é mostrada como uma imperatriz, segurando uma cruz.