Tertúlia revela novos dados
acerca da morte do "Chasco"
António Morais (ao centro) foi o orador convidado |
Tertúlia na Escola do Penedo |
No meio deste cenário, também há uma paixão entre a irmã do homicida monarquista e do próprio republicano ferrenho. Desta paixão, nasceu uma filha. O homicida Avelino sentindo-se desonrado devido a esta paixão que deu fruto e ao facto do pai da sobrinha ser republicano, decidiu resolver a situação de uma só vez, matando-o com um tiro de revolver.
Rua em Bouçós onde ocorreu o homicidio |
Depois disso, ficou-se a saber também que a esposa do homicida vestiu-se à lavradeira e acompanhou-o na fuga até Pico S. Cristóvão, onde se escondeu. Quando o Avelino e a mulher iam a caminho de Pico S. Cristóvão, avistaram em Turiz, no Lugar da Lameira, as autoridades que vinham para o prender. Para evitar a prisão imediata, o Avelino e a esposa esconderam-se por detrás de um sobreiro, e depois continuaram o seu caminho até ao destino.
Nestas circunstâncias, as autoridades vinham numa carroça com “os rifes” prender os homicidas.
O presidente da D'Art, Maciel Cardeira, agradeceu a presença do orador, que ainda tem ligações familiares com os protagonistas deste acontecimento, devido ao seu casamento com uma descendente dos mesmos, e de Jorge Oliveira, lagense, que moderou o debate.
Esta “Conversa do Penedo” teve como objectivo principal sensibilizar e alertar para as posições extremistas, que nunca trarão nada de positivo. Além disso, a evocação destes acontecimentos antigos ajudam a preservar a memória colectiva das comunidades, a valorizar a história local, inserida nos acontecimentos nacionais, e a enriquecer o presente e o futuro da freguesia da Lage e dos Lagenses, como disse o moderador.
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